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Álbum Raro de Cartola é Relançado em Vinil

O vinil ganha cada vez mais força e as grandes gravadoras brasileiras já começam a entrar no mercado. “Verde que te quero rosa” de Cartola e mais 9 álbuns brasileiros raros serão relançados em vinil pela Sony Music (pré venda no Bilesky Discos).

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A necessidade de proteger a cabeça do cimento que despencava lá de cima, durante o árduo trabalho de operário na construção civil, o forçou a usar um chapéu coco, encontrado no lixo. O apelido, que mais tarde também se tornaria o seu nome artístico, surgiu dali.

Autodidata no violão – Cartola já era assediado, do “alto de seus vinte e poucos anos”, por gente de peso da música popular brasileira que estava à procura de sambas para seu repertório. Vendeu alguns deles e acabou sendo gravado por Francisco Alves, Carmen Miranda e Silvio Caldas, entre outros.

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Mas nada (ou quase nada) em sua vida, viria de mão beijada… Leitor dos poetas Castro Alves, Olavo Biliac e Gonçalves Dias, o morador do Morro da Mangueira teve que se virar como pode, fazendo bicos aqui e acolá durante muito tempo – o que ocorreria tambem com vários companheiros de sua geração.

Nos anos 50 foi redescoberto pelo jornalista Sérgio Porto, o Stalisaw Pontepreta, lavando carros à noite numa garagem em Ipanema, que o reencaminhou a seus amigos. Cartola trabalhou de contínuo, servente, guarda, figurante, roupeiro e gerente de restaurante (Zicartola) até a retomada da carreira discográfica na década seguinte, em participações (A enluarada Elizeth, de Elizeth Cardoso,1967) e projetos coletivos (Fala Mangueira,1968).

Anos depois, em 1974 e 1976, respectivamente, Cartola faria seus dois primeiros discos no lendário selo independente Marcus Pereira e o sucesso finalmente se materializaria em reconhecimento, nos shows pelo pais afora, no desfile da Mangueira, pela comissão de frente, e num especial na TV levando seu nome. Tal exposicão na mídia e a unanimidade de público e crítica não passariam desapercebidas – Agenor de Oliveira, do “alto de seus quase sessenta e nove anos”, é convidado a gravar o seu terceiro disco individual pela RCA Victor, com produção do jornalista e amigo Sérgio Cabral.

A foto espetacular da capa do LP, tirada de óculos escuros, com cigarro aceso, cafézinho e muita, muita classe, dá ideia da música que está cravada nos sulcos do vinil – Verde Que Te Quero Rosa é um grande disco do mestre Cartola. Seu repertório conjuga sambas inéditos de diversos periodos com diamantes de sua produção presente, registrados com o “auxílio” de um super time de amigos: Nelson Cavaquinho, Radamés Gnatalli, Altamiro Carrilho, Nelsinho, Abel Ferreira, Meira, Canhoto, Marçal & Cia.

Verde Que Te Quero Rosa é um discasso. Ouça muito!

Realease do Album por Charles Gavin, extraído do material de divulgação da Sony Music.

 

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