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Abbey Road Utiliza Nova Técnica Para Produção de Discos de Vinil

O famoso Abbey Road Studios está adotando uma nova técnica para o corte do acetado para a produção do vinil, utilizando a metade da velocidade padrão do toca-discos com o objetivo de que o Lp apresente músicas com mais detalhes e refinamento.

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Seis álbuns clássicos, incluindo Exile on Main Street dos Rolling Stones, foram remasterizados a meia velocidade, o processo consistiu em reproduzir as fitas master com metade da velocidade, enquanto o prato giratório no torno de corte de vinil também gira na metade da velocidade (16 2/3 RPM, para ser preciso).

A ideia é que a agulha de gravação tenha o dobro do tempo para esculpir a ranhura, proporcionando mais precisão para você escutar seu Lp em casa.

Miles Showell, o engenheiro de masterização do Abbey Road Studios, mostra no vídeo como funciona o processo e explica o porquê que a metade da velocidade produz melhores resultados.

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2 comentários sobre “Abbey Road Utiliza Nova Técnica Para Produção de Discos de Vinil

  • Nas décadas de 40,50, até início dos anos 60, a rotação 16 por 2/3 fazia parte da maioria dos toca-discos profissionais ou não. Foi largamente utilizada durante a segunda guerra pela BBC. No entanto, a velocidade 16, não era naquela época (década de quarenta)
    , apropriada para gravar música. A BBC, por exemplo aproveitava o sistema 16, gravando narrações sobre as conquistas do exército britânico e seus aliados. Posteriormente algumas gravadoras, como: Columbia, EMI, RCA e Decca, ainda tentaram lançar alguns títulos, (quase todos de música erudita) devida a possibilidade do formato oferecer maior espaço de aproveitamento, uma vez que muitas óperas chegávam a serem gravadas em até quatro discos… Outros aspectos corroboraram para e extinção do sistema 16 por 2/3. O primeiro, relacionado à ineficiência deste padrão nos antigos toca discos movidos por intercessão do tipo “idler drive”, uma espécie de polia (roda de borracha) que em contato com motor girava o prato. O sistema 16 para toca-discos “idler drive”, forçava o motor, as polias absorviam calor em excesso é consequentemente duravam muito menos. O outro incoveniente era a transmissão de “rumble”. um ruído de baixa frequência gerado pelo motor e retransmitido para a polia/prato e captado através da cápsula. Por este motivo, os melhores amplificadores de hí-fí (high fidelity) contavam com alguns filtros de alta frequência e baixa. A tecla no painel destes amplificadores para eliminação de ruídos provenientes do motor, chamava-se: Rumble. Na década de setenta veio a inovação: o sistema de intercessão “Belt Drive “(correia), considerado até hoje, o melhor, superando inclusive, o sistema “Direct Drive. Este último, até o presente, é digamos, o mais ‘pratico’ por não haver intercessões; o prato é acionado imediatamente pelo motor. No sistema Direct, temos um tork de motor mais rápido, porém há mais ruído de Rumble, se comparado ao sistema Belt e até mesmo alguns em sistema idler.

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  • Que interessante. Entendi, a música vai ser tocado na metade da velocidade e a gravação do disco também, fazendo a agulha de corte ficar o dobro do tempo gravando a mídia mas para reproduzir vai ser tocado em rotação normal, 33rpms. Provavelmente deixará o som mais encorpado ainda.

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