Largue tudo e vá ouvir os álbuns de Hyldon!
Nos últimos meses de 2016 viemos falando muito sobre Hyldon, pois as novidades eram fortes. O cara teve uma de suas grandes obras relançadas em Vinil – que foi um estouro de vendas – e também lançou um disco novo, “As Coisas Simples da Vida“.
Como já contamos por aqui, Hyldon é um nome de peso em nossa música, e ao lado dele estavam outros feras que fechavam um time, ou melhor, compunham a famosa “Santíssima Trindade” do Soul brasileiro. Sabem de quem estamos falando, não?! Se disseram Tim Maia e Cassiano, a resposta está mais que certa!
Mas, hoje estamos aqui para nos dedicar a Hyldon, e convidá-los a fazer o mesmo. Que tal separar aquela horinha sagrada do Vinil para curtir a sonzera que esse baiano radicado no “Érre Jóta” faz?
Você escolhe por qual começar, e enquanto decide a gente conta um pouco das histórias por trás do último lançamento: De acordo com o músico, o disco novo é para celebrar o amor, as amizades, paixões novas e antigas, nos permitir transbordar, liberar as boas vibrações e mostrar delicadezas sublimes, nos tornar companheiros, mas sem que toda essa pegada mais “sentimental” torne-se piegas, ou até cafona. Mas Hyldon deve ter se confundido, e vamos explicar o porquê.
É só retomar suas músicas, aquelas mesmas de até 40 anos atrás, como as que estão no disco Na Rua, na Chuva, na Fazenda… E não, não usaremos a tal casinha de sapê como exemplo, vamos aproveitar o tempo que decidimos dedicar a ele, e utilizá-lo por completo. Se observarmos a simplicidade e delicadeza da letra de Na Sombra de uma Árvore e o groove pesado que Hyldon nunca abandonou, já podemos comprovar nossa tese. Hyldon sempre cantou sobre as coisas simples da vida, mas não de maneira simplista, e sim exaltando as belezas e riquezas do cotidiano, do amor, do companheirismo.
“Larga de ser boba e vem comigo
Existe um mundo novo e quero te mostrar
Que não se aprende em nenhum livro
Basta ter coragem pra se libertar, viver, amar
De que valem as luzes da cidade
Se no meu caminho a luz é natural
Descansar na sombra de uma árvore
Ouvindo os pássaros cantar, cantar, é…”‘
Deu para notar que ele sempre cantou o cotidiano, por mais inesperado que ele também possa se tornar, como aconteceu em Um Trem para Bangu. Confira um pouco sobre a história da música: “Essa música eu fiz no dia que pensei em pegar um trem pra visitar Hermeto Pascoal que voltou a morar no Rio de Janeiro. A música empacou na metade, então chamei o amigo Paulinho (Palhaço Carambola) e fomos de trem até Bangu. Só assim consegui terminar a canção.”
O convite está feito! Largue tudo o que estiver fazendo e vem curtir o Hyldon com a gente, nada melhor para “esquecer de tudo, das dores do mundo”!!