Curiosidades

Manifesto da Resistência Analógica – DJs que só tocam Vinil.

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O Movimento da Resistência Analógica teve seu início oficial em dezembro, pra ser mais específica no dia 23/12 durante o Black Coffee em Brasília.

“Eu toco apenas vinil, pela simples razão de: não quero somente ficar apertando botões”, a frase é do internacional Fatboy Slim.

Em dezembro, os DJs Wash e Mak, lançaramm o manifesto “Resistência Analógica. “É um chamado para que o vinil volte a ser a estrela da noite de Brasília”, diz Washignton Coelho, o Wash.

O Black Coffee aconteceu no Café Clandestino, nos fundos da comercial da 413 Norte, em frente ao Parque Olhos D’Água. Nas turntables, muito jazz, soul ,funk, hip-hop, breakbeat, ska, rocksteady, reggae, dub, dancehall, afrobeat e possíveis cruzamentos entre todos eles.

“Luto contra a banalização da cultura DJ”, comenta Márcio Comas, o Mak. “De posse de uma controladora qualquer, muitos entram no mercado com pouco ou nenhum conhecimento do assunto. Além disso, a pirataria via torrent contribui para a existência de uma profusão de arquivos com reprodução de baixíssima qualidade sonora que, na ausência de critério, acabam indo para os sistemas de som de lounges, cafés e pistas de dança”, completa.

João Marcondes, do sebo virtual Marcondes & Co, vê no vinil a volta da experiência emocional e afetiva com a música. “Hoje, o sujeito pode ter um milhão de faixas no Spotify, mas isso não o satisfaz, o cara fica perdido em um vazio. Por outro lado, já vi gente chorar nas minhas bancas de discos por encontrar capas enterradas na nostalgia da infância”, comenta ele, que também integra o Resistência Analógica.

Wash engrossa o coro: “O legal do vinil é caçar, procurar o que se deseja. Receber um disco em casa um tempão depois de encomendar. É algo que envolve emoção”.

Para Rodrigo Balduíno, dono do Clandestino Café e Música — que além da Black Coffee, promove tardes e noites de forró e jazz —, é fácil estabelecer a diferença. “Vinil é menos quantidade e muito mais qualidade”, conclui.

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