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Imperdível: Exibição de documentários sobre música comentados por Paulo Miklos.

Essa dica é para aqueles que não dormem cedo, e ficam sempre a procura de algo para animar a madrugada!

O Canal Brasil está com uma programação muito interessante, e irá exibir documentários do festival de cinema musical. Mas não ficará só nisso, a programação conta com a ilustre presenta de Paulo Miklos, que irá comentar e apresentar curiosidades sobre os filmes da sessão!

Sobre o In-Edit:

O In-Edit Brasil é o primeiro festival dedicado exclusivamente ao gênero do documentário musical no país. O evento, que chega à sua nona edição em 2017, tem em sua programação principal longas-metragens nacionais e estrangeiros, sempre tendo a música como tema central das produções.

A exibição No Canal Brasil:

E pelo terceiro ano consecutivo, o Canal Brasil reúne filmes que, em sua maioria, fizeram parte da programação da mostra. Antes da exibição, o ex-titã Paulo Miklos revela curiosidades de cada filme. A programação de junho dá o tom de ecletismo do festival, indo do popular ao erudito, do samba à música clássica, passando pelo jazz. Chico – Artista Brasileiro (2015) traz uma biografia de Chico Buarque e faz um passeio pela história desse grande ícone da MPB. Na semana seguinte, a abelha rainha da MPB e sua imponente voz são homenageadas nos documentários Maria Bethânia – Música É Perfume (2005) e Bethânia Bem de Perto (1966). A sequência traz as semelhanças entre as músicas brasileira e americana em Samba & Jazz (2015). Prova de Artista (2011), de José Joffily, fecha o mês mostrando audições para novos instrumentistas em orquestras sinfônicas. A programação segue até o mês de agosto com uma grande variedade de gêneros.

Confira a programação de hoje: 12/06

Maria Bethânia – Música É Perfume (2005) (90’) Direção: Georges Gachot – O documentarista francês Georges Gachot apresenta uma análise do processo criativo de Maria Bethânia numa coprodução Brasil/França/Suíça. Em paralelo, ilustra as transformações na vida da cantora e na sociedade brasileira, desde seu surgimento como uma das musas da contracultura até o posto de intérprete mais cultuada da nossa música. O diretor começou a carreira como ator mas acabou se especializando em filmes sobre música, dentre eles, Bach at the Pagoda (1997) e Martha Argerich, Conversation Nocturne (2003).
O interesse do cineasta pela intérprete começou no Festival de Montreux, na Suíça, em 1998, quando Gachot foi a um show seu pela primeira vez. A perplexidade diante do que viu resultou na vontade imediata de fazer um documentário sobre ela. Sua imersão num universo completamente desconhecido para ele, o de Bethânia, e por extensão o brasileiro, resulta num mergulho na intimidade musical da cantora. Diante das câmeras, a baiana mostra-se à vontade em prosa e verso. O próprio título do filme vem de um de seus depoimentos: “Música é uma coisa que é como perfume. É imediato. É sensorial. Nada como um cheiro ou uma música para nos fazer sentir, viver, lembrar.”
As filmagens aconteceram durante a gravação do disco Que Falta Você Me Faz, dedicado à obra de Vinicius de Moraes, e da turnê do show Brasileirinho, um olhar apaixonado sobre o país a partir de referências incondicionais da arte nacional. No documentário, inteiramente narrado por Bethânia, ela recorda histórias familiares, muitas delas com o irmão mais velho, Caetano – que escolheu seu nome a partir de uma canção de Nelson Gonçalves, mesmo tendo apenas quatro anos quando a irmã nasceu. Uma das mais engraçadas lembranças é de que os dois costumavam brincar de faquir em uma árvore – o que significava ficar lá no alto sem fazer nada, por horas a fio; para Bethânia, foram seus “primeiros exercícios de concentração”. Dentre os outros depoimentos, destaque para os da mãe Dona Canô, dos amigos Chico Buarque, Nana Caymmi e Gilberto Gil, e também do fiel maestro Jaime Alem.
Bethânia cita alguns de seus compositores favoritos, como Vinicius de Moraes e Gonzaguinha, e revela que eles chegavam a aceitar mudanças de palavras em algumas canções, por sua sugestão. “Há palavras que eu não digo, daí pedia para mudar. Pode ser uma música de Chico Buarque de Hollanda, que eu venero, mas não vou dizer “, conta ela, sem falar quais são essas palavras proibidas em seu vocabulário. Além desses pequenos segredos, o filme apresenta Bethânia dividindo o palco com outras cantoras, como Nana Caymmi e Miúcha. Semelhante ao esquema de um making of, traz ainda imagens do cotidiano e das paisagens do Rio de Janeiro, de Salvador e de Santo Amaro, interior da Bahia, terra natal da cantora, com o repertório calcado em sambas canções, serestas e canções românticas, dentre as quais Negue (Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos), O Que Tinha Que Ser (Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim), Olhos nos Olhos (Chico Buarque de Holanda), Tarde em Itapoã (Vinícius de Moraes e Antonio Pecci Filho) e Luar do Sertão (João Pernambuco e Catulo de Paixão Caerense).
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Bethânia Bem de Perto (1966) (34’) Direção: Júlio Bressane e Eduardo Escorel – Ícones do cinema marginal brasileiro, Júlio Bressane e Eduardo Escorel acompanharam o início da carreira de Maria Bethânia neste média-metragem. As câmeras registraram um momento fundamental da trajetória da intérprete, tido como um marco para que ela entrasse para o rol das grandes cantoras brasileiras: o show teatral Opinião, apresentando-se ao lado de Zé Ketti e João do Vale, em 1965. O filme lembra o primeiro show da baiana no Rio, realizado na boate Cangaceiro, após sua consagração com a música Carcará. Intercaladas aos números musicais, a película documenta cenas do cotidiano e encontros com Anecy Rocha, Wanda Sá, Rosinha de Valença, Silvinha Teles e Jards Macalé, entre outros.

A Sessão com Bethânia e Paulo Miklos começa à Meia noite e quinze, no Canal Brasil!

Próximas sessões:

19/06: Documentário Samba & Jazz
26/06: Prova de Artista

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