Anos 50, Long-play e Rock n’Roll: Uma nova forma de ouvir música.
Foi durante a década de 1950 que o long play se firmou. A música clássica e o jazz foram os maiores beneficiários da possibilidade de tempo maior de execução. Com essa nova tecnologia, surgiram também selos especializados em álbuns, como Blue Note, Verve e Folkways, tudo isso ao lado do nascimento do rock n’roll, que coincidiu com a difusão do single de vinil de sete polegadas, que tomou o lugar dos pesados e grandes 78 rpm nas jukeboxes e nos toca-discos domésticos do mundo inteiro.
O jeito de ouvir música se transformou nos anos 50
Quando o mercado se restringia ao formato 78 rpm, os fãs de música clássica que quisessem obras completas tinham que lidar com múltiplos discos. Projetadas para audições em salas de concerto ou em transmissões radiofônicas, as peças duravam mais tempo do que um 78 rpm era capar de conter. Nada mais natural, portanto, que a revolução desencadeada pelo long-play tivesse de início impacto maior no gênero clássico.
De fato, quando Edward Wallerstein, que havia sido executivo da RCA e depois se tornou presidente da Columbia, anunciou o desenvolvimento da tecnologia do microssulco, sua ambição declarada era acomodar obras clássicas nos dois lados de um disco. Quando a Columbia lançou o LP em 1948, para cada cinco discos de música clássica era lançado um de música popular ou infantil.
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Nesse período e com as tecnologias que surgiam, acirrava também a concorrência no universo aparentemente polido da música clássica, e os selos lutavam para atrair atenção dos consumidores com capas criativas, que iam da elegância contida aos desenhos de artistas contemporâneos.
Anos 50: O Rock n’ Roll veio para ficar!
O Nascimento do rock n’ roll em meados da década de 1950 foi impulsionado pelas vendas de singles, lideradas pelo vinil de 45 rpm. Mas como ficou claro que muitos dos grandes nomes não eram artistas de um só sucesso, as gravadoras logo passaram a lançar a música deles em álbuns. Estes álbuns, às vezes, eram compilações de sucessos anteriores.
Os famosos dias de astros do rock entrando em estúdio para gravar um álbum inteiro estavam apenas começando. No final da década, a evolução do rock n’roll havia produzido álbuns memoráveis, com artes de capa igualmente marcantes.
Na época, as trilhas sonoras de cinema eram a aposta certa no mercado de Long-plays, como aconteceu com South Pacific, grande sucesso da RCA.
Fonte: Vinil – A Arte de Fazer Discos / Mike Evans