13 Discos Brasileiros pra “viajar” no fim de semana!
Módulo 1000 – Não fale com paredes (1971)
Para muitos, o trabalho que representa o “marco zero” do rock progressivo brasileiro. A bem realizada mistura da psicodelia com o hard rock (em especial Black Sabbath), oferece munição suficiente para classificar o disco como um dos precursores do prog no país.
A banda participou do V Festival Internacional da Canção e seu único disco é hoje um valioso item para os colecionadores de LPs raros. Na década de 1990, um colecionador de discos do Rio de Janeiro comprou os direitos do Módulo 1000 junto a Top Tape e transformou o LP em CD com um número limitado de cópias. O CD saiu pela Zaher Zein/Projeto Luz Eterna. Na Europa, o disco “Não Fale Com Paredes” tornou-se um clássico.
Som Imaginário – Matança do Porco (1973)
Seria com o Som Imaginário, importante banda de apoio a diferentes artistas nos anos 1970, que a relação entre o Clube da Esquina e o progressivo ficaria mais íntima. Em Matança, além da liderança de Wagner Tiso nas composições, o álbum oscila entre a música regional mineira, jazz, bossa nova e o progressivo (em alguns momentos resvalando no Pink Floyd, em outros, King Crimson).
Som nosso de Cada Dia – Snegs (1974)
Com Snegs, o rock progressivo brasileiro atingiu a maturidade e real consolidação. A produção do trabalho em algumas partes mostra-se precário, mas o virtuosismo dos músicos, somados a ousada tentativa de usar elementos oferecidos pelo progressivo sinfônico, vestindo-os com uma roupagem brasileira, garantem uma nítida qualidade para o trabalho.
O Terço – Criaturas da noite (1975)
Um dos melhores e mais versáteis grupos progressivos brasileiros dos anos 1970. Nesse disco o grupo atira, de forma certeira, no hard rock, folk, MPB e progressivo sinfônico, misturando um pouco de tudo na bela faixa final 1974.
A palavra terço foi escolhida como nome da banda porque é uma medida fracionária que corresponde a três ou a “terça parte de alguma coisa”, como num Rosário. O Terço caiu como uma luva devido a primeira formação da banda, que era a de trio. Inicialmente, o nome escolhido tinha sido “Santíssima Trindade”, mas para evitar atritos com a Igreja Católica, foi adotado “O Terço”.
Secos E Molhados – Segundo
Em 1974, com a popularidade altíssima, o grupo Secos e Molhados gravava o seu segundo e último álbum com a formação original. Mais elaborado e menos popular que o primeiro, como “definido” por Ney Matogrosso em declaração a Folha de São Paulo (Janeiro/2000), “Secos e Molhados II” é composto por músicas de temática social como “O Doce e o Amargo”, “Preto Velho” e “Tercer Mundo”. Com poucas palavras, a cabeça do grupo e compositor João Ricardo conseguia abordar temas profundos, como em “Não: Não digas nada”, em “Toada & Rock & Mambo & Tango & ETC” e no único hit do disco “Flores Astrais”, que são interpretadas com toda a expressividade da voz de Ney.
Alceu Valença – Vivo!
Vivo é seu segundo álbum e foi gravado ao vivo no Teatro Tereza Rachel durante o show Vou Danado pra Catende. O álbum foi produzido por Guto Graça Mello e traz oito faixas, entre elas “Sol e Chuva”, “Pontos Cardeais” e “O Casamento da Raposa com o Rouxinol”.
Zé Ramalho da Paraíba participa das músicas “Papagaio do Futuro” e “Edipiana Nº 1”.
Rita Lee – Hoje É O Primeiro Dia Do Resto Da Sua Vida
“Hoje É o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida” (1972) é o segundo álbum solo de uma das artistas mais importantes da música nacional, Rita Lee. Ainda que tenha sido creditado somente à cantora, compositora e instrumentista, o disco foi efetivamente gravado junto da banda que integrava, Os Mutantes. O importante registro volta esse ano às prateleiras em vinil de 180 gramas, pela coleção “Clássicos em Vinil”, da Polysom. A produção é do “mutante” Arnaldo Baptista, que assina as 10 faixas do disco com parceiros como seu irmão Sergio, Ronaldo Leme, Arnolpho Filho e a própria Rita. Com a característica sonoridade psicodélica dos Mutantes, o álbum traz faixas como “Amor Branco e Preto”, “Vamos Tratar da Saúde” e “Superfície do Planeta”, entre outras.
Transa – Caetano Veloso
Esse clássico foi gravado em Londres, lugar que acolheu Caetano Veloso durante o exílio, e é uma alegoria de tudo que acontecia na vida de Caê. Suas novas descobertas, um novo idioma, novos ritmos, e a saudades de sua Terra. As descobertas são nítidas com a influência do reggae no disco, e as poesias brasileiras e ritmos nacionais expõe sua saudade e origem. O álbum foi produzido pelo inglês Ralph Mace, e contou com parceiros como Jards Macalé e Moacyr Albuquerque.
Ave Sangria – 1974
Lançado em 1974, Ave Sangria tem 12 faixas, a maioria delas composta pelo vocalista Marco Polo. Entre as músicas está “Seu Waldir”, uma polêmica canção que foi censurada na época. O motivo da censura é o fato de a letra tratar de um relacionamento homossexual, algo mal visto e proibido pela ditadura militar, que ocorria no Brasil desde 1964. O disco como um todo traduz a efervescência, as neuras e os romances da época.
Os Brazões
O grupo ficou conhecido no final da década de 60 após acompanhar Gal Costa em seus shows. Se como banda de apoio já chamava atenção, é possível imaginar a expressividade que teria sozinha. E isso fica claro no seu único álbum, homônimo, lançado em 1969. Ano efervescente que recuperava toda a loucura dos anos 60, e já indicava o que viria de bom na próxima década.
É um disco raro, e que volta às prateleiras esse ano pela coleção “Clássicos em Vinil”, da Polysom. O LP foi gravado no estúdio Musidisc (Rio de Janeiro) com direção de produção de João Araújo. O disco é composto por 12 versões de músicas como “Que Maravilha” (Jorge Ben Jor/ Toquinho), “Feitiço” (Tom Zé)” e “Volks–Volkswagen Blue” (Gilberto Gil), entre outras. Com estilo que misturava rock and roll, R&B e samba, Os Brazões ganharam destaque com um som psicodélico e único.
Cabeça Dinossauro – Titãs
Cabeça Dinossauro é o terceiro álbum de estúdio da banda brasileira de rock Titãs, lançado em 1 de junho de 1986. Não só marcou a estreia da parceria da banda com o produtor Liminha, que na época era diretor da WEA, o que facilitou a aproximação de ambas as partes; como também garantiu o primeiro disco de ouro para a banda, em dezembro do mesmo ano. Talvez um dos maiores discos de rock do Brasil de todos os tempos! Predada atrás de predada!
Trio Mocotó – 1973
Esse super disco foi relançado em Vinil. A Polysom nos presenteou com uma prensagem 180 gramas que está linda demais. Se você se interessou, confere esse produto em nossa loja!