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Resistência do Vinil: Conheça a Última Loja de Discos do Quênia

Instalada em um movimentado mercado em Nairobi a capital do Quênia, é indiscutivelmente a última loja de discos do país. A “Real Vinyl Guru” está aberta há 28 anos e agora ganha fôlego com o crescente interesse dos amantes da música em voltar ao prazer de apreciar as clássicas músicas africanas no vinil.

O ex-DJ James “Jimmy” Rugami abre a sua loja todas as manhãs, às 6 horas, analisando suas últimas descobertas. Com o fechamento de muitas lojas de discos, ele pacientemente recolheu ao seu estoque os discos das outras lojas.

Seu amor pelo vinil viu sua coleção crescer aos milhares e lhe valeu o apelido de “Mr. Records”.

“Toda vez que eu sabia que alguém estava fechando sua loja de discos, eu não conseguia deter o desejo de comprar os LPs “.

Centenas de colecionadores agora migram para sua loja em Nairobi, e ele ganhou a atenção de outros fãs de vinil no exterior.

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Os produtores do álbum somaliano indicado ao Grammy, “Sweet as Broken Dates: Lost Somali Tapes from the Horn of Africa”, que reúne a música popular dos anos 1970 e 1980, trouxeram pessoalmente uma cópia para Mr Records. “É este”, disse Rugami, sorrindo ao retirar o disco de sua coleção.

A vizinha Somália está em estado caótico desde que o ditador Siad Barre foi deposto em 1991, e o grupo extremista al-Shabab, ligado à al-Qaeda, passou a realizar ataques frequentes, chegando a cruzar até ao norte do Quênia.

“Alguma coisa boa vinda da Somália, um país que tem estado em caos em todos esses anos”, disse Rugami.

Seus clientes agora incluem turistas em busca de joias da música africana.

A recente popularidade da loja permite que Rugami agora empregue cinco funcionários, tudo isso após os terríveis anos com as previsões do fim do vinil.

“Não foi uma nem duas vezes que fui rotulado de louco, foram muitas vezes”, disse ele. “Os caras me perguntam: ‘Isso foi há 10 anos atrás, o que você está fazendo com esse tipo de coisa? Estamos avançando, mas você está regredindo, qual é a razão?’

“Bem, eu não poderia parar.”

Confira o vídeo da BBC Africa:

Via: JapanTimes

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