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Guia Básico Para A Escolha de Um Toca-Discos

Preparamos um guia básico para a escolha de um seu toca-discos. É uma das dúvidas mais frequentes que perseguem os colecionadores.

Como escolher um toca-discos para poder curtir tranquilamente os seus Lps com toda a qualidade que só a mídia analógica pode oferecer. Listamos as principais características dos toca-discos que devem ser observadas antes da sua aquisição.

Então vamos lá!

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Belt-Drive ou Direct-Drive?

Esta característica se refere à forma de tração do prato que produz o movimento giratório no toca-discos. Belt-drive é quando o prato giratório é tracionado a partir de uma correia elástica, normalmente de borracha ou material parecido.

Possui a vantagem de agir como um amortecedor e não transmitir a vibração do motor para o prato, tornando o som isento dessas interferências. Normalmente é a forma de tração preferida por audiófilos e que acompanha o projeto de toca-discos hi-end.

A correia pode ser interna no toca-discos. Em outros, dependendo do projeto, ela fica exposta. Em alguns modelos o motor pode ser destacado do equipamento para minimizar a transferência de ruído.

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Direct-Drive é quando o prato é acoplado o eixo do motor em seu corpo, sem a utilização de correias.

É um sistema que permite um maior controle da velocidade do prato. Possui na sua maioria, um torque de acionamento maior, permitindo com que atinja a velocidade plena em um menor tempo.

Este tipo de acionamento é o preferido por DJs e pessoas que utilizam o toca-discos para trabalhar com músicas em diferentes velocidades. No geral são projetos mais resistentes e robustos.

Como exemplo de um toca-discos direct-drive temos o projeto bem-sucedido da lendária Technics SL-1200 MK2.

Operação Manual ou Automática?

Um toca-discos com operação manual necessita que o braço seja direcionado manualmente no começo do disco de vinil para iniciar a execução. Quando o disco chegar ao seu final, o braço precisa ser retirado e colocado na posição de descanso.

Para esta operação existe a necessidade de precisão para o posicionamento e delicadeza para abandonar a agulha sobre o vinil. Muitos toca-discos possuem um mecanismo com uma alavanca que permite você posicionar e pousar a agulha suavemente sobre o vinil.

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Na operação automática, você pode acionar um botão de “início” e o toca-discos através de um sistema mecânico posiciona automaticamente o braço no início do disco de vinil e abaixa suavemente a agulha.

Normalmente estes toca-discos possuem a função de auto-retorno que faz com que o braço retorne automaticamente à posição de descanso após a execução do vinil.

Mas qual sistema de operação é melhor?

Esta escolha é muito pessoal, audiófilos preferem toca-discos manuais. Estes não possuem mecanismos e engrenagens extras que influenciem na execução dos discos durante a sua operação. Em sua maioria são movimentos muitos sutis que nem todo apreciador “possui ouvido” para perceber a influência no som.

O sistema automático conta com a comodidade de executar os lps em seu toca-discos de forma mais prática.

Com ou sem Anti-Skating?

É um dispositivo composto por diversos mecanismos (conforme o projeto do fabricante) com o propósito de proporcionar uma tangência precisa do conjunto braço/agulha por todo o disco.

Tem o objetivo de melhorar o som reproduzido, de forma a diminuir os possíveis desvios de tangência. Estes desvios podem levar até ao pulo da agulha sobre a trilha do vinil.

Para pessoas que desejam extrair o melhor do som do vinil é um dispositivo imprescindível no projeto do toca-discos.

Com ou sem Contrapeso?

Se você for utilizar diferentes cápsulas em seu toca-discos, existe a necessidade da regulagem do contrapeso. Ela para proporciona a pressão indicada pelo fabricante da agulha no disco de vinil.

Esta pressão pode afetar no desgaste da agulha e também do disco de vinil. É um item muito importante a ser observado na escolha de um toca-discos.

Conta Peso do Toca-Discos

Permite a substituição da Cápsula e Agulha?

A cápsula tem por função a captação do som proveniente do atrito da agulha nos sulcos do disco de vinil, trabalhando sempre em conjunto. Para cada modelo de agulha existe uma cápsula específica.

Na aquisição de um toca-discos, normalmente ele já vem com uma cápsula e uma agulha. Alguns modelos de toca-discos permitem a substituição deste conjunto por outro de sua escolha.

Mas por que substituir uma cápsula por outra? Existem cápsulas com diferentes sensibilidades de captação, o que pode alterar significativamente a forma como o som é captado e por consequência a qualidade do som em reprodução.

O tipo de cápsula e agulha a serem utilizados é uma questão muito pessoal conforme a sua experiência sonora.

Com pré-amplificador Interno e Externo?

Para conectar o seu toca-discos em um receiver, home teather ou aparelho de som de potência será necessário que ele possua uma entrada auxiliar ou uma entrada phono.

Quando o amplificador possui a entrada phono, basta conectar ao seu toca-discos e aproveitar o melhor do seu vinil. Mas quando o seu aparelho de som possuir apenas a entrada auxiliar, será necessário a utilização de um pré-amplificador para aumentar o sinal de áudio.

Alguns toca-discos já possuem internamente um pré-amplificador para facilitar a conexão em equipamentos que possuem apenas a entrada auxiliar. Mas em sua maioria os toca discos não possuem pré-amplificação interna, o que então será necessário a aquisição de um pré-amplificador externo.

A qualidade da pré-amplificação pode influenciar profundamente na qualidade do som reproduzido. A troca deste equipamento acontecerá aos poucos conforme a sua experiência sonora, ou nunca seja necessária por te satisfazer por completo.

Pré-amplificador externo

Com ou sem saída USB?

A saída USB é utilizada para a digitalização do som de seu disco de vinil. Em sua grande maioria as obras já são encontradas digitalizadas e em qualidade sonora superior à que você possa adquirir digitalizando o seu vinil. É interessante para quando você tem uma obra que não esteja disponível em formato digital.

Então, qual o melhor toca-discos?

O melhor toca-discos e sistema de som é aquele que te satisfaça. É aquele que te deixe feliz com o som reproduzido. Existem as mais variadas opções e com diferentes preços e precisão.

A escolha é pessoal e depois de muita pesquisa de modelos e valores. A decisão sempre vem junto com o seu orçamento disponível.

Recomendamos que adquira um toca-discos com um projeto básico que contemple ao menos o anti-skating e o sistema de contrapeso. Pois equipamentos que não possuem esses sistemas costumam pular trilhas até mesmo de discos novos.

Fuja daqueles toca-discos novos com aparência vintage, pois eles em sua maioria não possuem estas regulagens básicas necessárias.

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Toca-discos novos ou usados? Depende de seu orçamento e da oportunidade. Toca-discos novos normalmente são mais caros, mas por outro lado te oferecem garantias.

Para aquisição de um toca-discos usado, verifique com antecedência as condições de funcionamento de todos os seus componentes e questione sobre a sua precedência, é fundamental.

E o discos, onde comprar? Aaaaa isso é fácil, é no Bilesky Discos!

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Por: L. R. Bilesky – Colecionador de discos de vinil desde 1993.

6 thoughts on “Guia Básico Para A Escolha de Um Toca-Discos

  • Onde comprar boas vitrolas novas no Brasil?

    • Olá Renato, existem boas lojas virtuais especializadas (preferimos não indicar nenhuma, mas pesquisando no site de buscas você encontrará diversas) e excelentes vendedores no Mercado Livre com bons preços e reputação. Você encontrará toca discos novos como usados. Um abraço.

  • Alessandro Alves

    po Bilesky polia não faz parte então? só belt e e direct? polia só tem porcaria? abraço

    • Salve Alessandro! A Ideia foi só orientar quem está entrando agora no mundo mágico do vinil. Só mencionei belt e direct pela popularidade e pelo resumo da coisa. Estou preparando um artigo especial sobre os tipos de tração e polia também vai entrar. Um abração!

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