De vez em quando… Todos os Olhos se voltam pra mim!
Não temos dúvidas que nossos leitores sabem bem a intenção desse nosso post. Mas, se você é novo por aqui, ou curioso pela história desse GRANDE disco (e lenda) de Tom Zé, bem… Está no lugar e no momento certo!
Mas eu sou inocente,
eu sou inocente,
eu sou inocente.
De vez em quando
todos os olhos se voltam pra mim,
de lá do fundo da escuridão
esperando e querendo
que eu saiba.
Além de ter feito história pelas músicas, pelo momento, e pela bela produção, Todos os Olhos ainda nos faz aquele favorzão de ser uma dar maiores lendas da música brasileira, e carregar todo um simbolismo do “é ou não é?” em sua capa.
Você já reparou bem nela? Antes dos burburinhos já tinha alguma suspeita? Se sim, ou se não, saiba que trata-se verdadeiramente de um ânus. (Bom, ou essa é uma daquelas mentiras que repetidas tantas vezes tornam-se verdades.
Porém… Entre as verdades, há também alguma mentira. Duas pessoas na época ficaram encarregadas de realizar a sessão de fotos. Se você der uma busca na internet vai notar que essas mesmas duas pessoas disputam agora a autoria e a veracidade dos fatos… É preciso dizer que os dois realizaram sim a foto com uma bola de gude no ânus de uma mulher, porém, em um dos casos, a foto precisou ser refeita, e outro método foi adotado. Explicamos a seguir:
Versão de Chico Andrade:
Chico Andrade postou em seu blog um relato sobre como aconteceu a sessão de fotos nos presenteando com a versão que seria a original. Ele afirma que essa capa é um de seus trabalhos mais criativos, tornando-se em sua maior e mais duradoura criação. De acordo com o fotógrafo, a modelo da foto cobrou “cachê artístico” e tinha noção do destino do registro. “A moça cobrou um cachê artístico, e inclusive, assinou um recibo e tudo mais…” afirmou Chico Andrade em seu blog. Se você tem interesse em conhecer a foto que ele diz ser a orginal, clique aqui!
Versão de Reinaldo Moraes
“Com todo o respeito ao Chico Andrade, não à memória dele, saliento que no encarte do LP tá lá: Fotografia – Reinaldo de Moraes. (…) Esse que o Chico exibe no post talvez seja um desses (registros/fotos), da primeira série que eu fiz com a bolinha no anus da moça (uma ex-namorada paciente) e que foi rejeitada pelo Marcão e pelo Décio por ter ter resultado muito obviamente anal e não passar a ambiguidade semiótica requerida pela concepção da foto/título, ideia transgressiva do Décio e do Chico. Toda a história que eu contei no Ilustríssma, suplemento da Folha, é absolutamente verdadeira. (…)”. Trecho retirado daqui.
Bom, frustrante ou não… Verdade ou não, sabemos que a ideia original, pelo menos, é a que já imaginávamos. Mas esse é um daqueles mistérios da música que dá até gosto de não saber a verdade. Mas… Gostamos muito de falar sobre, portanto, comente aí o que você acha disso.
Se você também é fã desse disco e ainda não o tem em sua coleção, dá uma olha na nossa loja, temos exemplares novinhos e lacrados!
Mais uma vez, venho respeitosamente escrever sobre a capa do disco. Digo e repito, jamais dividi ou desacreditei do meu caro Reinaldo Moraes. Ele realmente foi o fotógrafo da arte da capa. E só. A ideia, o lay-out, o conceito, a criação da capa é que é meu (minha)… e ponto-final. Na Agência que eu, Chico Andrade, fui sócio do Décio Pignatari. Ufa!