Curiosidades

O dia em que Bob Marley jogou uma pelada com Caju e Chico.

Entre os tantos reis da música, não podemos negar que Bob Marley é um dos maiores e mais representativos. O rei do Reggae era também Rei da simplicidade, e do reconhecimento.

Poderíamos ficar aqui nos lamentando o fato de Bob nunca ter feito um show no Brasil, e mais ainda, o fato de a Ditadura Militar ter um grande peso nisso. Mas não… Vamos é celebrar o dia em que essa lenda jogou bola com outras lendas brasileiras, como Paulo César Caju e Chico Buarque.

O ano é de 1980, Marley veio ao Brasil em uma estratégia de marketing para o lançamento de um selo Alemão por aqui, era a Ariola. Olha o timão de artistas que a Ariola já tinha: no primeiro ano contava com Moraes Moreira, Kleiton & Kledir, Alceu Valença, Marina

Lima, Milton Nascimento, Ney Matogrosso e Geraldo Azevedo, depois viria, Chico Buarque, Tetê Espíndola, Wagner Tiso, Elba Ramalho e João Bosco. Havia um subselo, a Island Records, da qual Bob Marley era contratado, e é aí que ele entra na história, e vem par ao Brasil!

Logo em sua primeira parada no país, para abastecer o avião, já foram confiscados os vistos de trabalho de todos, o que os impediria de realizar shows por aqui. Os militares estavam de olho naquela “comitiva”, e trataram de bem cedo já boicotar qualquer apresentação de Reggae no Brasil.

Mas Bob deu outros tipos de show por aqui. Aquele outro show que os brasileiros muito gostam!

Um grande fã do futebol brasileiro, Marley se reuniu com outras figuras para uma “pelada” no campo de futebol de Chico Buarque, o Politheama. O jogo contou com a seguinte composição de estrelas:
Time A – Bob Marley, Junior Marvin (guitarrista do The Wailers), Paulo César Caju (Jogador da Seleção Brasileira nos anos 70), Toquinho, Chico Buarque e Jacob Miller.
Time B – Alceu Valença, Chicão (da banda Jorge Ben) e quatro funcionários da gravadora Island Records.
Bob era um grande admirador do jogador de futebol Paulo César Caju, e teve a honra de dividir o campo com ele. Era também Santista de coração, sendo muito influenciado por Pelé, outro ídolo do Rei.
Bob não poupou elogios ao povo brasileiro: “É fácil perceber que as pessoas aqui têm ritmo e feeling, não só no andar, mas no falar e no próprio interesse demonstrado pela música em qualquer uma de suas manifestações.”
E sabia admirar o nosso ritmo, e entender nossas raízes, assim como também entendeu as raízes de seu povo:
O samba e o reggae são a mesma coisa, têm o mesmo sentimento das raízes africanas.
Bob na festa da gravadora, ao lado de Moraes Moreira e Marina Lima.

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