Curiosidades

Saiba como surgiram as famosas capas de discos de vinil.

Alex Steinweiss é um dos pioneiros da arte de capa de discos. Ele deixou sua marca na era pré-vinil, quando os álbuns eram pacotes de três ou quatro discos de 78 rpm, e depois foi um dos pais do design de capas de LP quando este surgiu no fim da década de 1940.

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Nascido no Brooklyn, em Nova York, em 1917, formou-se pela Parsons School of Design e trabalhou para o designer de pôsteres Joseph Binder, até se tornar diretor de arte da Columbia, em 1940. Sua função era desenhar material de ponto de venda, pôsteres e catálogos, mas, quando passou a se dedicar aos álbuns, começou a fazer história.

Os pacotes de 78 rpm costumavam ser embalados em capas lisas, imitando couro, com dizeres na lombada, como os álbuns de fotos no qual seu design se baseava. Steinweiss percebeu que cada álbum poderia ser mais bem promovido se tivesse uma capa atraente, que refletisse o conteúdo da música que continha, e convenceu o presidente da empresa, Edward Wallerstein, a testa a ideia.

Sua primeira capa foi para uma coleção de melodias da Broadway, Smash Song Hits of Rodgers & Hart, na qual o título aparecia em luzes neon, na marquise de um teatro. As vendas dos álbuns de Steinweiss logo superaram as dos álbuns de embalagem comum. Em um ano, a Decca e a RCA Victor, concorrentes da Columbia, passaram a lançar também álbuns com capas individualizadas.

Depois da segunda Guerra Mundia, durante a qual serviu na Marinha americana em Nova York, Steinweiss voltou à Columbia como consultor. Em 1948, Wallerstein pediu sua ajuda para desenvolver embalagens dos long-plays a serem lançados em breve. Steinweiss concebeu então o que iria se tornar o padrão da indústria: uma capa de papelão fino coberta de papel impresso, com uma lombada estreita, suficiente para que o título do álbum ficasse visível quando este fosse guardado em pé numa estante. A contracapa trazia notas com detalhes sobre o disco.

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O trabalho de Steinweiss tem um estilo alegre, gráfico, de desenho à mão, que até meados dos anos 1950 raramente usava imagens de fotos, e mostrava influência de pintores como Paul Klee e Piet Mondrian. Seus “rabiscos” (os “Steinweiss scrawls”) logos e texto de capa escritos à mão viraram uma assinatura. Nos anos 1950, fez centenas de projetos para grandes selos – não só para a Columbia -, como Decca, RCA, Remington e London, e para a Everest Records, que ajudou a lançar em 1958. Em uma carreira que durou até 1973, desenhou 2.500 capas antes de aposentar para se dedicar à pintura. Morreu em 2011.

 

Fonte: Livro A Arte de Fazer Discos

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