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Saia do Óbvio: 10 discos que você precisa conhecer!

A música é cheia de belos clássicos, e discos que essencialmente precisam estar em nossas “bibliotecas”, coleções, estantes, rádio do carro, pendrive.

Mas, bicho… Tem tanta música boa por aí que não chegou ao sucesso. Tanto disco, banda, compactos, singles que ficaram engavetados, sofreram boicotes, ou não tiveram um trabalho de divulgação de acordo com a complexidade da obra. Separamos aqui alguns discos que se você ainda não conhece, chegou a hora de conhecer!

Lp Sexteto Do Beco 1980Essa é uma banda que surgiu no final dos anos 70, e gravou um LP único e de forma independente em 1980. A banda, na verdade, tem 18 membros, mas manteve seu nome sexteto até o fim. O álbum em questão, e que carrega o mesmo nome do grupo, foi gravado e mixado em apenas 8 dias, e está entre as raridades mais buscadas no Brasil, e fora dele. Se você ainda não conhecia esse grupo, essa é uma chance. O LP está sendo relançado em uma edição limitadíssima, mas que estará disponível em nossa loja Compre aqui. O que é uma honra, pois trata-se de um dos discos mais lendários da música instrumental brasileira.

02 – Siba Baile Solto

Lp Siba Baile SoltoAlguns podem estar bastante ambientado com Siba, mas acredite, dependendo da região do país, o músico ainda não é muito conhecido. Nesse disco Siba retoma, definitivamente, os ritmos da música de rua de Pernambuco como elemento central de seu trabalho, ele deixa um pouco de lado os questionamentos íntimos que marcaram Avante de 2012, e parte agora da posição desprivilegiada que o Maracatu de Baque Solto ocupa no panorama cultural brasileiro e recifense, para elaborar um discurso poético e musical que arrisca um olhar atento para o que está ao redor, embalando rimas de tom político e extrapolando o contexto local que lhe serviu de ponto de partida.

Muitos admiradores de Cassiano podem se sentir ofendidos com seu nome por aqui… Mas um dos grandes representantes da Soul Music brasileira não é tão famoso assim. Cuban Soul é o primeiro álbum de Cassiano, lançado em 1971. e comprova que desde o início o músico já trazia influências de Stevie Wonder e Otis Redding. Completando agora 40 anos de lançamento, seu disco “Cuban Soul: 18 Kilates”, considerado o mais importante de sua carreira, volta às prateiras em vinil de 180 gramas, pela coleção “Clássicos em Vinil”, da Polysom. Originalmente lançado pela Polydor, o disco foi produzido por Gastão Lamounier e o compositos Zdanowski, que assina com Cassiano as nove canções.

Lp Alberto Rosenblit & Mario Adnet“Foi com talento e amor que cada um contribuiu, na prática, para a música do outro, e deste acasalamento surgiu um som padrão, onde é difícil destacar suas maneiras pessoais de compor”;. O texto escrito por Toninho Horta em 1980 é preciso e muito feliz, retratando bem o sentimento que fica após a audição do disco “ALBERTO ROSENBLIT &; MARIO ADNET”;. É um trabalho que prima, entre outras coisas, pela coesão. Num período onde parte da música brasileira se via impedida de mostrar-se ao público em toda a sua plenitude, dois jovens e corajosos artistas se uniram num disco autoral, basicamente instrumental e lançado de forma alternativa. Ouvir este som único, captado pelas mãos mágicas de Toninho Barbosa, novamente em vinil, não
se trata de um exercício de saudosismo. Longe disso. É a confirmação de que, quase 40 anos depois, eles fizeram a escolha certa. A emoção continua intacta… e a música, viva. Prensado no Mercosul em vinil 180g, com prensas Newbilt Machinery.

05 – Os Brazões

Lp Os Brazões 1969Conhece esses caras? O grupo ficou conhecido no final da década de 60 após acompanhar Gal Costa em seus shows. Se como banda de apoio já chamava atenção, é possível imaginar a expressividade que teria sozinha. E isso fica claro no seu único álbum, homônimo, lançado em 1969. Ano efervescente que recuperava toda a loucura dos anos 60, e já indicava o que viria de bom na próxima década. É um disco raro, e que volta às prateleiras esse ano pela coleção “Clássicos em Vinil”, da Polysom. O LP foi gravado no estúdio Musidisc (Rio de Janeiro) com direção de produção de João Araújo. O disco é composto por 12 versões de músicas como “Que Maravilha” (Jorge Ben Jor/ Toquinho), “Feitiço” (Tom Zé)” e “Volks–Volkswagen Blue” (Gilberto Gil), entre outras. Com estilo que misturava rock and roll, R&B e samba, Os Brazões ganharam destaque com um som psicodélico e único.

06 – Orquestra Afro-Brasileira

Lp Orquestra Afro-BrasileiraA inspiração na cultura africana resultou na criação de vários ícones das artes no Brasil. Na música não foi diferente. Em 1968, ao lançar seu segundo disco, homônimo, a Orquestra Afro Brasileira contribuiu com mais um clássico absoluto, uma raridade que a Polysom relança esse ano, pela coleção “Clássicos em Vinil”. A Orquestra Afro Brasileira lançou apenas dois álbuns e contava com o maestro Abigail Cecílio de Moura como líder e compositor de suas 12 faixas. Seu som divulga e preserva a música de característica negra, numa mistura de ritmos como o opanijé (ritmo especial para “Omolu”), alujá (ritmo especial para “Xangô”), culminando com a polirritmia afro-brasileira, cuja base é recolhida nas cerimônias litúrgicas afro-brasileiras. Para isso, a orquestra tinha instrumentos ocidentais, como sax e clarineta, e primitivos: urucungo, angona-puíta, agogô, gonguê, rum, rumpi, lê, afoxê, adjá, berimbau e ganzá. As músicas são cantadas em bantu, nagô, nheengatu e em português. Um disco de grande valor musical e um verdadeiro patrimônio nacional. Acredite se quiser: 1ª edição no Discogs por R$1371,37. Reedição nova e lacrada no Bilesky Discos sai por R$77,60. Economia de R$1293,77.

Lp Moacir Santos CoisasCoisas é simplesmente considerado um dos melhores discos nacionais de todos os tempos. Você sabia disso? Foi produzido por Roberto Quartin, e é composto por 10 faixas, todas elas nomeadas “Coisa“, sendo diferenciadas apenas por suas numerações. Todas elas são de autoria de Moacir, mas que também contaram com algumas parcerias como Mario Telles, Regina Werneck e Clóvis Mello.  Esse disco, que já foi uma das grandes raridades buscadas por colecionadores do mundo todo, agora está de volta aos catálogos, inclusive na Bilesky Discos. A nova versão chega à nossa loja pela Polysom, e não perde em anda para a original, são todas as faixas inteiramente instrumentais e fiéis aos tapes originais. Esse disco, que é uma verdadeira obra de arte e já teve exemplares vendidos por  3 mil dólares, está agora mais acessível do que nunca. Acesse nossa loja e garanta já o seu!

08 – Paulo Bagunça E A Tropa Maldita

Lp Paulo Bagunça E A Tropa MalditaPaulo Bagunça E A Tropa Maldita foi um relançamento aguardado por muito tempo. Único disco gravado por Paulo Bagunça com arranjos e produção do Maestro Laércio de Freitas, nunca antes relançado em vinil, é com certeza uma das pérolas da psicodelia brasileira.  É uma pedrada atrás da outra!

 

 

 

09 – Papete – Bandeira de Aço

Lançado em 1978,  o disco apresentava ao resto do Brasil não apenas Papete, seu intérprete, como os compositores maranhenses Cesar Teixeira, Josias Sobrinho, Ronaldo Mota e Sérgio Habibe, desconhecidos para a maioria do País. Infelizmente, em termos locais o LP teve um resultado lamentável: por desinformação e falta de comunicação, alguns pensaram ser a gravadora de Marcus Pereira algo semelhante às multinacionais. E, além dos direitos autorais, cobraram também de Papete o fato de ter registrado com sua voz as diversas composições, sem entender na ocasião que, como intérprete, ele contribuía ainda mais para valorizar essa belíssima antologia do que se produzia então na MPB do Maranhão.

10- Banda de Pau e Corda – Assim Amém

A Banda de Pau e Corda foi formada no Recife em 1972, sob a liderança do compositor e estudioso da cultura popular Roberto Andrade.  O disco é o terceiro da carreira do grupo. Nos três discos, a formação é a mesma: Oswalter Martins de Andrade Filho (Waltinho) – violão e voz; Paulo Sérgio Guadagnano Resende Braga (Paulinho) – contrabaixo; Roberto Rabelo de Andrade – bateria e percussão; Sérgio Rabelo de Andrade – percussão e voz; José Severino de Oliveira Neto (Netinho) – viola; Alberto Johnson da Silva (Beto Johnson) – flauta.

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