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As dificuldades para fabricar novos discos

Prensar e vender vinil sempre foi um trabalho de amor, mas muito difícil para pequenas lojas e selos. Mas um número crescente de fatores está tornando mais complexo justificar as dificuldades. O preço do PVC, matéria-prima usada para fazer os LPs, disparou em mais de 46% desde o início deste ano.

O papelão usado para capas de discos e caixas de envio estão cada vez mais caras, engolidos por gigantes do e-commerce para atender às altas demandas do ano passado. Um incêndio devastador na Apollo/Transco em fevereiro de 2020 reduziu o número de produtores de goma laca no mundo para apenas um, a MDC no Japão. O resultado são prazos de entrega prolongados, pois aqui no Brasil, fábricas trabalham com prazo mínimo de 12 meses para prensar um disco.

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A Covid-19 criou um efeito elástico na frágil cadeia de suprimentos. Os selos pisaram no freio quando o vírus chegou pela primeira vez, antes de entender que havia demanda de um público sentado em casa com dinheiro e sedento para curtir novos discos.

As fábricas de discos de todo o mundo não conseguiram absorver o aumento da demanda. As fábricas que tentam encomendar novas máquinas, não conseguem comprar, pois faltam peças básicas como parafusos. O distanciamento social e a necessidade de os trabalhadores se isolarem têm causado escassez de mão de obra.

Seguimos enfrentando e na busca de alternativas para trazer novos discos, mas os desafios são imensos.

Valorize os pequenos selos e as iniciativas. Está cada dia mais caro e difícil a arte de colocar um vinil na prateleira.

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