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Solta o Pavão de Jorge Ben de volta em vinil!

Na sequência cronológica, o álbum “Solta o pavão” encontra-se posicionado entre dois clássicos da discografia de Jorge Ben Jor, “A tábua de esmeraldas” (1974) e “África Brasil” (1976), ambos reconhecidos como influentes obras-primas do artista. Entretanto, “Solta o pavão,” lançado em 1975 pela gravadora Philips e ganha uma nova reedição em vinil importado colorido. Edição limitada e disputada em 500 cópias.

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Este álbum marca a estreia do grupo Admiral Jorge V, retomando a abordagem alquímica presente no álbum de 1974, como evidenciado pelos símbolos esotéricos na capa criada por Aldo Luiz, com arte de Jorge Vianna. Além disso, “Solta o pavão” apresenta a gravação original da música “Jorge da Capadócia,” um tema místico que Fernanda Abreu mais tarde reinterpretaria em seu álbum de 1992, em homenagem a Jorge, tanto o santo quanto o artista. Neste disco, Jorge Ben ainda toca violão, mas já começa a eletrificar sua música, um processo que seria mais evidente na segunda metade dos anos 1970, quando trocaria o violão pela guitarra.

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O álbum inclui o toque de um piano elétrico, tocado por João Vanda Luz, e aborda principalmente temas como mulheres, futebol e crenças religiosas e místicas, elementos que frequentemente aparecem na obra de Jorge. Musicalmente, “Solta o pavão” se destaca ao misturar samba, funk, soul e samba-rock sem se prender a fronteiras rítmicas específicas. A faixa de abertura, “Zagueiro,” mostra como Jorge Ben era habilidoso em abordar o futebol e seus ídolos, neste caso, o zagueiro Rondinelli, craque do Flamengo, time de Ben.

Ao longo do álbum, Jorge exalta várias musas, começando por “Dorothy,” com a participação vocal de Evinha. A presença do Quarteto em Cy em “Para ouvir no rádio (Luciana)” reforça a reverência a outra musa, enquanto o álbum também celebra “Dumingaz” (a musa máxima do craque da música) e “Jesualda.” Em resumo, “Solta o pavão” captura Jorge Ben em seu auge criativo, mesmo que sua criatividade tenha se tornado menos prolífica a partir da década de 1980. É um álbum moderno que merece ser ouvido, elogiado e cultuado como mais uma joia na rica discografia de Jorge Ben.

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